domingo, 6 de junho de 2010

Dor desconhecida

Dor desconhecida

Vês que tens dia que todo mundo
Recai sobre nossos frágeis ombros;
Tentamos nos achar e nos perdemos em escombros
Que se espalham como nossas lágrimas em profundo

Silêncio, ninguém as ouve. Ninguém entende
Como pode um rio transbordar do fundo da terra,
Pois é assim que nossos olhos fazem quando se encerra
E corre por debaixo de seu olhar a dor que ninguém compreende!

Apenas o peito quando se torce em si mesmo
É que pode se entender, falar é atirar a esmo
Teus sentimentos; são pétalas colhidas por teu anjo

Que delicado as coloca outra vez na rosa
Da vida que mesmo vacilante desabrocha vistosa
Para sem palavras nos fazer entender seu sutil arranjo.

N.N.F.