As palavras cortam o invisível
E deixam no silêncio relevos
Que ao toque mais sensível
Se desmancham em enlevo.
As palavras moldam o transparente
Como um vidro intocável
Que quebra num grito de repente,
Ou num suspiro se torna insustentável.
O silêncio é como uma carcaça
Com o esqueleto das palavras exposto
Sem nossa voz a dar movimento nem graça.
A palavra é um abismo ou ponte,
O abismo como ponte inclinada ao gosto
Do infinito, que dos nossos lábios desponte.
quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Ponte japonesa
Ponte japonesa
Tua arquitetura busca a harmonia
Das tuas formas com a natureza;
Teu corpo, suave melodia,
Que ecoa de seus acordes pura beleza.
Em tua boca vive a filosofia budista;
Guarda a simplicidade de teus lábios
Os ensinamentos mais profundos dos sábios
Quando dispersas teus risos altruístas...
Teus risos são canções silenciosas ao céu;
Como os telhados de templos xintoístas
Que se curvam ao chão buscando o céu...
Teu olhar, como uma ponte japonesa,
Se curva diante de infinitos minimalistas
Como a luz no fundo das águas acesa...
quinta-feira, 4 de março de 2010
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