As palavras cortam o invisível
E deixam no silêncio relevos
Que ao toque mais sensível
Se desmancham em enlevo.
As palavras moldam o transparente
Como um vidro intocável
Que quebra num grito de repente,
Ou num suspiro se torna insustentável.
O silêncio é como uma carcaça
Com o esqueleto das palavras exposto
Sem nossa voz a dar movimento nem graça.
A palavra é um abismo ou ponte,
O abismo como ponte inclinada ao gosto
Do infinito, que dos nossos lábios desponte.
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