segunda-feira, 12 de março de 2012

Soneto

À Olívia


As tuas palavras mais bonitas
São como insetos aprisionados
Nas teias de tua timidez,
Sendo teus esforços silenciados

Depois de todas palavras extintas,
Ficando apenas o eco surdo das incertezas
Martelando em teu ouvido: talvez...
E dos teus olhos brotam tristezas

Mas nenhuma lágrima aparece,
São como nuvens no sertão
Que atendem o pedido de uma prece

Quando toda esperança silencia
E somente fica teu coração,
A procura de uma promessa vazia.

N. Nunes