domingo, 6 de junho de 2010

Dor desconhecida

Dor desconhecida

Vês que tens dia que todo mundo
Recai sobre nossos frágeis ombros;
Tentamos nos achar e nos perdemos em escombros
Que se espalham como nossas lágrimas em profundo

Silêncio, ninguém as ouve. Ninguém entende
Como pode um rio transbordar do fundo da terra,
Pois é assim que nossos olhos fazem quando se encerra
E corre por debaixo de seu olhar a dor que ninguém compreende!

Apenas o peito quando se torce em si mesmo
É que pode se entender, falar é atirar a esmo
Teus sentimentos; são pétalas colhidas por teu anjo

Que delicado as coloca outra vez na rosa
Da vida que mesmo vacilante desabrocha vistosa
Para sem palavras nos fazer entender seu sutil arranjo.

N.N.F.

3 comentários:

  1. Vc sabe que eu tb sou uma apaixonada por palavras, mas tem horas que "o melhor é sentar em silêncio ao lado da pessoa que se gosta, e compartilhar um pouco com ela desse momento". Vale mais que qualquer manual, com certeza.

    Beijo querido!

    ;)

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  2. Gostei! Pena que seus posts não sejam mais frequentes....
    Abraços

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  3. Oi Nicolas. Achei mó viagem seu comentário no meu post embora fosse compreensível. Aquele lance de "engrenangem" e "mecânico" para mim soou um pouco Newtoniano. =)
    Brincadeiras a parte, você tem umas sacadas que demonstram uma certa maturidade. Quando estou com as minhas angustias, o silêncio vale muito mais do que algumas abobrinhas. E muitas vezes a única coisa que a gente quer nesse momento é sentir alguém ao nosso lado. Nada mais do que isso...
    Um beijos

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