quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Metáforas

Desnuda as palavras das vestes
Rasgadas pelas bocas insensíveis;
Dá-lhes a roupa que pusestes
Em teus sonhos impossíveis.

Sua linha costurada no verso
Por agulhas de linhas infinitas
No lápis que cria furo diverso;
Nas letras, argolas de malabaristas.

Argola que tua língua toca
E seu sentido do comum desloca
Quando uma na outra enfias.

Abraço que o vazio esmaga;
Um coração no outro afaga
Uma nota de duas harmonias...

2 comentários:

  1. Belo verso. Aprecio poemas satíricos, mas este é muito bom, parabéns.
    O que você esta procurando se chama Ukiyo-e?
    Se for tem um montão aqui: http://images.google.com.br/images?q=Ukiyo-e&oe=utf-8&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a&um=1&ie=UTF-8&ei=K4J8S_urKoe0uAfUlrnLBQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=1&ved=0CBYQsAQwAA

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  2. Apoena *-* Fantástica!
    Lindíssimo o poema, Nicolas!

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